Leão e Lughnasadh: A Colheita da Luz Interior

Quando o Sol atravessa o signo de Leão, o céu nos convida a expressar nossa luz mais autêntica. É tempo de brilho, coragem e criatividade. E enquanto as estrelas traçam esse caminho solar, a Terra também se movimenta no ciclo da Roda do Ano — e nos oferece o Sabá de Lughnasadh, o festival da primeira colheita.

Neste encontro entre astrologia e espiritualidade natural, nasce uma poderosa conexão: o fogo de Leão encontra o ouro dos campos maduros de Lughnasadh. E ambos nos chamam a reconhecer, celebrar e partilhar nossos dons.

O Arquétipo Solar de Leão

Leão é um signo do elemento fogo, regido pelo Sol — o grande coração do sistema solar. Sua energia fala de brilho pessoal, autoestima, alegria de viver, arte e liderança.

Quando o Sol está em Leão (aproximadamente de 22 de julho a 22 de agosto), somos convidados a:

  • ocupar espaço com autenticidade,

  • dar voz ao nosso coração,

  • reconhecer o próprio valor,

  • e compartilhar nossos talentos com o mundo.

É o momento de olhar para dentro e perguntar: O que me faz vibrar por inteiro? Como posso expressar isso com verdade?

Lughnasadh: A Primeira Colheita

Celebrado tradicionalmente em 1º de agosto, Lughnasadh (também chamado de Lammas) marca a primeira colheita do ano nos antigos calendários celtas. O nome vem do deus solar Lugh, uma divindade das artes, da justiça, da habilidade e da luz.

Lughnasadh é um festival de agradecimento pela abundância que a terra oferece após os meses de cultivo. Mas também carrega um aspecto simbólico profundo: o grão colhido, que alimenta o povo, precisa morrer para gerar vida. Assim, este é também um tempo de sacrifício e transformação.

Nesse sabá, celebramos:

  • o esforço do trabalho feito até aqui,

  • os frutos materiais e espirituais que estamos colhendo,

  • e a consciência de que para continuar crescendo, algumas partes precisam ser entregues — como oferendas.

A Ligação Entre Leão e Lughnasadh

Embora um venha dos céus e o outro da terra, Leão e Lughnasadh compartilham muitos símbolos:

  • Lugh, o deus do festival, é solar, criativo, justo e habilidoso — traços muito semelhantes ao arquétipo leonino.

  • Ambos celebram a vida em sua plenitude: Leão convida a brilhar com autenticidade, e Lughnasadh, a reconhecer os frutos disso.

  • Há um chamado à expressão criativa e à generosidade: não basta apenas ter talentos — é hora de partilhar.

Nesse período, a astrologia e a espiritualidade da Terra se unem para trazer uma mesma mensagem:

É tempo de reconhecer o que floresceu em você — e oferecer isso ao mundo com o coração aberto.

Reflexões e Rituais Para Esse Ciclo

Se você deseja se conectar com essa energia luminosa e fértil, aqui vão algumas sugestões práticas e simbólicas:

Ritual simples de conexão

  • Acenda uma vela dourada ou amarela.

  • Escreva em um papel: Quais frutos estou colhendo neste momento da minha vida?

  • Em outro papel: O que estou pronta(o) para deixar ir, em nome do próximo ciclo?

  • Agradeça à terra, ao fogo, ao seu próprio esforço. E celebre.

Celebração da abundância

  • Prepare ou compre um pão artesanal.

  • Ao comer, mentalize: Eu recebo com gratidão. E compartilho com generosidade.

  • Você também pode repartir com alguém como forma de magia viva.

Conclusão

Leão e Lughnasadh nos lembram de que ser luz é um ato sagrado, e que oferecer essa luz ao coletivo é um gesto de maturidade espiritual.

É tempo de celebrar quem você é. Honrar suas conquistas. Reconhecer seu valor. E, acima de tudo, agradecer — por tudo que cresceu, floresceu e agora está pronto para ser partilhado.

 

Que sua colheita seja abundante. E que você brilhe com a coragem dos que vivem com o coração aberto.