CÂNCER: O VÉU DA LUA NO VERÃO E O TEMPO DE GESTAR

Quando o Sol entra em Câncer, por volta de 21 de junho, começa o verão no hemisfério norte — a estação da luz intensa, do calor abundante e do auge da força vital da Terra. É o solstício de verão, o dia mais longo do ano. Mas, curiosamente, é também o momento em que a energia começa a mudar. O ciclo solar atinge seu pico e, a partir dali, a luz começa a declinar pouco a pouco. O que estava se expandindo, agora começa a amadurecer.

 

Câncer, regido pela Lua, traz essa mudança sutil no ar. Ele é o útero do verão, o ventre emocional da natureza, o momento em que a Terra começa a gestar os frutos que serão colhidos em breve.

 

🌾 CÂNCER NO CICLO AGRÍCOLA: O TEMPO DE GESTAÇÃO

Se pensarmos no ano agrícola, Câncer marca o período logo após o crescimento intenso da primavera. As sementes já brotaram, as plantas já cresceram — e agora a Terra começa a trabalhar internamente, amadurecendo o que será colhido nos próximos meses. É o tempo da gestação da colheita.

 

Assim como o ventre guarda e nutre a vida antes do nascimento, Câncer representa esse momento de nutrição invisível, silenciosa, mas fundamental. Sem ele, não há colheita possível.

 

🌊 A EMOÇÃO COMO FERTILIDADE

Câncer é um signo de água, ligado à emoção, à memória, ao lar e ao cuidado. Sua energia fala de acolhimento, proteção e profundidade emocional. No auge do verão externo, ele nos lembra da importância de voltarmos para dentro, de regarmos nossas raízes internas.

 

Na vida simbólica, este é o momento de nutrir intenções, amadurecer ideias, cuidar do que precisa tempo para florescer. É um tempo fértil — mas ainda dentro da casca, dentro da alma.

 

🌙 A LUA, SENHORA DOS CICLOS

Regido pela Lua, Câncer carrega o mistério dos ritmos naturais e dos ciclos internos. Ele nos conecta com o feminino, com o invisível, com os sentimentos que nos moldam por dentro. Assim como a Lua rege as marés, ela também influencia os humores da Terra e da alma.

 

Enquanto o Sol brilha alto no céu, a Lua de Câncer nos ensina a arte de gestar em silêncio. Ela pergunta:

"O que você está nutrindo agora, que só poderá colher mais tarde?"